Natural de Caucaia, a gestora do Estádio Raimundão foi confirmada técnica da seleção cearense feminina na etapa nacional da Taça das Favelas 2025
Foto: Divulgação
A paixão pelo futebol e o desejo de transformar vidas são os motores da trajetória de Amanda Lima, 30 anos, natural de Caucaia, que hoje atua como gestora do Estádio Raimundão. Ela foi confirmada técnica da seleção cearense feminina na etapa nacional da Taça das Favelas 2025. Com uma trajetória que começou em 2010 como jogadora, Amanda tornou-se treinadora em 2018 e, desde então, tem deixado sua marca no cenário esportivo local e estadual.
Para ela, ser técnica vai além das quatro linhas. "Um grande motivo para treinar tanto o time masculino quanto o feminino é a oportunidade de promover a inclusão, o respeito e a igualdade no esporte, além de contribuir para o desenvolvimento técnico e pessoal de cada atleta, independentemente do gênero", afirma.
Amanda vê o esporte como uma poderosa ferramenta de transformação social e acredita que o papel do treinador também é formar cidadãos conscientes, comprometidos e preparados para a vida.
Além de comandar times e formar atletas, Amanda também atua como gestora do Raimundão, um dos maiores equipamentos esportivos de Caucaia. O desafio de ocupar esse espaço, historicamente dominado por homens, é enfrentado com firmeza e gratidão.
"Trabalhar na gestão do estádio é um desafio constante, especialmente por ser mulher. Mas é também uma honra contribuir para o desenvolvimento do esporte no nosso município. Sou muito grata ao nosso secretário de esporte e ao prefeito, que confiaram em mim e me apoiam nessa jornada", relata.
Como técnica da seleção feminina da Taça das Favelas 2025, Amanda tem um sonho claro: levar o nome de Caucaia e do Ceará para o topo. A equipe foi formada a partir de uma criteriosa seleção, com 40 atletas escolhidas pelo desempenho nas etapas municipais.
"Espero conquistar um marco histórico para o nosso município e para o nosso estado, trazendo a tão sonhada vitória. Quero que nossa equipe mostre toda a força, talento e determinação que temos, representando com orgulho nossa comunidade", diz, confiante.
Entre os maiores objetivos da técnica está o de abrir portas para meninas e meninos que sonham com o futebol, promovendo a inclusão e construindo legados. "Quero deixar um legado positivo no futebol, inspirando futuras gerações a acreditarem no seu potencial e lutarem pelos seus sonhos. Representar nossa terra com orgulho é o que me move", afirma.
E mesmo evitando destacar títulos pessoais como jogadora, Amanda revela que sua maior conquista como técnica é ver a confiança dos atletas no seu trabalho. "Essa confiança é o combustível que me motiva. Saber que posso inspirar e conduzir minha equipe com respeito e dedicação faz toda a diferença", conta.
Levar o nome de Caucaia para uma competição de grande visibilidade nacional é, segundo Amanda, uma realização imensa. "Ser caucaiense é carregar na alma a força, a garra e a paixão pelo esporte. Poder mostrar isso para o Brasil inteiro é uma alegria que me impulsiona a continuar", celebrou.
Amanda Lima é o exemplo de que o futebol também é território de mulheres fortes, determinadas e apaixonadas, e de que Caucaia tem voz, talento e alma no esporte brasileiro.